ESTREIA BREVEMENTE
Depois da carreira de sucesso dos espectáculos O Evangelho de Van Gogh (2020/21), Não Kahlo (2018/19) e Kusama e Warhol (2019/20) nas mais reconhecidas redes de teatro de Madrid, Lisboa e Cantábria, as produções D. Mona estreiam agora O Excêntrico Dalí. O espectáculo conta a vida do famoso pintor catalão Salvador Dalí, com o seu bigode proeminente e disposição para causar polémica. Excêntrico, extravagante, genial. Conhecido como o mais louco da sua época, foi a principal figura da vanguarda surrealista.O Excêntrico Dalí passará pela história de vida de Salvador Dalí, desde a infância em que acreditava ser a reencarnação do irmão, à sua descoberta como pintor e ascensão social, ao encontro com Gala, a mulher da sua vida a quem ergueu um castelo, a Dulita, a sua personagem feminina, à expulsão do movimento surrealista e projecção internacional. Tudo isto com o seu humor característico e um pouco de loucura à mistura. Um homem que conheceu Freud, Breton, Picasso, Coco Chanel, Duchamp, Tzara, García de Lorca, Miró, Magritte, Malraux ou Dior, mas manteve a paixão pelas praias de Port Lligat e pela sua cidade natal de Figueres.
O EXCÊNTRICO DALÍ
O Excêntrico Dali é o D. Quixote da irrealidade. Rouba a mulher a Eluard e ergue-lhe um castelo para elevar o capricho às dimensões de sistema.
O Excêntrico Dali é eroticamente casto. Agita o seu bastão como uma varinha mágica e reúne a máfia do snobismo internacional em cada capital.
O Excêntrico Dali é um perito gastronómico. Instala um pão de 15 metros nos jardins do Palácio de Versailles e ao pequeno-almoço mergulha o bigode em leite.
O Excêntrico Dali é morfologicamente monárquico. Tem um affair com Garcia Lorca, o mais espanhol da sua época e mais simbólico dos mortos enquanto fantasia com as brancas e apertadas nalgas de Hitler.
O Excêntrico Dali é o próprio surrealismo. Vê em Breton um pavão inchado de intelecto, em Matisse um pintor de algas na sopa, em Cézanne o exemplo da decadência, em Miró admirava-lhe apenas o smoking e assume-se o salvador da pintura moderna.
O Excêntrico Dali é... isso mesmo: Excêntrico. Mergulha notas num copo de whisky, traveste as roupas de Coco Chanel e acredita que a caca vale ouro.
O Excêntrico Dali é a personagem mais heróica e prodigiosa do seu século. Viveu a 1ª Guerra Mundial, a Guerra Civil Espanhola, a Bomba de Hiroshima e a independência da Catalunha a deliciar-se com patê de pato, uvas e ostras naquele que diz ser o período mais feliz da sua vida. No fundo, o Excêntrico Dalí é horrorífico e soberbo. Um clássico daqueles com Michelangelo na capela e Sigmund Freud in the yard.
FICHA ARTÍSTICA
Produção
Produções D. Mona
Texto e Encenação
Mónica Kahlo e Sílvia Raposo
Coreografia (dança)
Mónica Kahlo e Sílvia Raposo
Vídeo, sonoplastia e comunicação
Sílvia Raposo
Interpretação
Mónica Kahlo
Sílvia Raposo
Mónica Kahlo
Sílvia Raposo
Patrícia Borralho
Coreografia (dança)
Patrícia Boralho
Criação e conceção de figurinos
Helena Raposo
Cenografia e desenho de luz/somMónica Kahlo e Sílvia Raposo
Vídeo, sonoplastia e comunicação
Sílvia Raposo