O Evangelho de Van Gogh


Depois da carreira de sucesso dos espectáculos Não Kahlo (2018/19) e Kusama e Warhol (2019/20) nas mais reconhecidas redes de teatro de Madrid, Lisboa e Cantábria, as produções D. Mona estreiam agora O Evangelho de Van Gogh. Um dos mais famosos pintores de sempre ganha vida numa experiência única que une a história do pintor pós-impressionista Vincent Van Gogh, com o seu espírito missionário e artístico irreverentes, aos universos fantásticos da Biblioteca de Nag Hammadi. O espectáculo estreia mundialmente em Sevilha, integrando o festival EL FOC, chegando a Lisboa em Outubro de 2020 no Centro Cultural de Carnide e iniciando digressão nacional e internacional a partir desse mês por Cabo Verde e Madrid. Um espectáculo multilingue, falado em português e espanhol e, pontualmente, em inglês, onde a dimensão plástica se destaca em figurinos que se apresentam enquanto autênticas telas.
 
Vincent Willem van Gogh foi um pintor holandês considerado uma das figuras mais famosas e influentes da história da arte ocidental. Criou mais de dois mil trabalhos em pouco mais de uma década, tendo pintado cerca de 860 pinturas a óleo, entre as mais famosas estão A Noite Estrelada (1889), Auto-retrato com a orelha cortada (1889) ou Amendoeira em flor (1890). O teatro une-se à pintura, à música e à dança numa experiência multisensorial.

O EVANGELHO DE VAN GOGH

O evangelho de Van Gogh é herege. Raspou a tinta das escrituras para pintar A noite estrelada.
O Evangelho de Van Gogh é erótico. Seduziu Paul Gauguin num campo de girassóis.
O Evangelho de Van Gogh é astuto. Usou os paus do micado para desenhar os contornos de Eva.
O Evangelho de Van Gogh é instintivo. Arrancou o sagrado coração e escondeu-o na caixa do Monópolio.
O Evangelho de Van Gogh é intrigante. Transformou em batatas o pão da última ceia e travestiu os apóstolos em camponeses do Ródano.
O Evangelho de Van Gogh é arrojado. Sentou bisnagas de cores na roda gigante de Bansky. 
O Evangelho de Van Gogh é subversivo. Licitou as cadeiras de Mabunda e restaurou-as num quarto em Arles.
O evangelho de Van Goh é vorazmente feminino. Veste em venús de Botticelli um fato Emporio Armani. 
O evangelho de Van Gogh vive às escuras numa neblosa pós-impressionista com a qual só podemos contactar como amantes de olhos fechados e lâmpadas nos dedos e na boca. As apóstolas de Van Gogh pedem perdão pelo inconveniente, but this is a revolution. 




FICHA ARTÍSTICA
Produção
Produções D. Mona

Texto e Encenação  

Mónica Kahlo e Sílvia Raposo

Interpretação
Mónica Kahlo
Sílvia Raposo
Patrícia Borralho
Angela Canez

Locução Narrativa
Patrícia Borralho
Linda Valadas
Sílvia Raposo
Mónica Kahlo
Helena Raposo

Interpretação vídeo
Edevânia Mateus

Coreografia (dança) e interpretação musical
Patrícia Boralho

Adaptação para piano
Sara Claro

Ilustração de Figurinos Pintados 
Élia Ramalho (artista plástica) e Sílvia Raposo

Criação de figurinos e Direção de locução

Helena Raposo

Cenografia e desenho de luz/som
Mónica Kahlo e Sílvia Raposo

Vídeo, sonoplastia e comunicação
Sílvia Raposo

Operação de Luz, som e vídeo
Tiago Pereira Couto